Por Jorge Fernandes Isah
Na
semana passada, deixei dois textos para os irmãos meditarem a respeito do
sustento pastoral mas, fazendo algumas pesquisas sobre o tema, cheguei à
conclusão de que antes das pessoas objetarem o sustento elas objetam a
autoridade pastoral e o próprio pastorado. Julguei melhor retornar ao tema e
analisarmos as objeções que eles colocam, como, por exemplo, a de que a Bíblia,
em momento nenhum, estabelece ou autoriza qualquer liderança na igreja.
Na verdade, os pressupostos deles é que estão errados, pois partem do axioma de que não há liderança ou autoridade pastoral para, somente depois, irem às Escrituras, tomarem os versículos e darem toda uma interpretação diversa daquela que o texto enuncia; ao ponto de ensinarem que, quando a Bíblia fala que pastores, presbíteros e bispos devem ser honrados dentro da igreja, eles os colocam não como pertencentes a um corpo local, mas como homens que exercem este ministério em qualquer outro lugar, menos na igreja. É como se o pastor tivesse um chamado de Deus não para guiar o seu rebanho, mas para apenas e tão somente evangelizar os incrédulos, trazendo as ovelhas perdidas ao Evangelho e abandonando-as.
O fato é que a própria Escritura designa uma função específica para aqueles que anunciam e preconizam as "Boas-Novas" aos perdidos, a qual é a de evangelista, e também a de missionário. É claro que essas funções ou ministérios se misturam, de forma que o pastor deve também evangelizar assim como o evangelista pode pastorear, mas é importante ter em mente que a função pastoral está voltada especificamente para o trabalho de apascentar e guiar o rebanho de Deus, ainda que o pastor o seja onde estiver.
Na verdade, os pressupostos deles é que estão errados, pois partem do axioma de que não há liderança ou autoridade pastoral para, somente depois, irem às Escrituras, tomarem os versículos e darem toda uma interpretação diversa daquela que o texto enuncia; ao ponto de ensinarem que, quando a Bíblia fala que pastores, presbíteros e bispos devem ser honrados dentro da igreja, eles os colocam não como pertencentes a um corpo local, mas como homens que exercem este ministério em qualquer outro lugar, menos na igreja. É como se o pastor tivesse um chamado de Deus não para guiar o seu rebanho, mas para apenas e tão somente evangelizar os incrédulos, trazendo as ovelhas perdidas ao Evangelho e abandonando-as.
O fato é que a própria Escritura designa uma função específica para aqueles que anunciam e preconizam as "Boas-Novas" aos perdidos, a qual é a de evangelista, e também a de missionário. É claro que essas funções ou ministérios se misturam, de forma que o pastor deve também evangelizar assim como o evangelista pode pastorear, mas é importante ter em mente que a função pastoral está voltada especificamente para o trabalho de apascentar e guiar o rebanho de Deus, ainda que o pastor o seja onde estiver.
Analisaremos
alguns pontos da lista de objeções dos detratores do ministério
pastoral, e deixaremos as objeções ao sustento pastoral para a próxima aula.
A
primeira colocação, que tem um caráter muito mais danoso e pérfido é o de incluírem
o ministério pastoral no rol das heresias. Os irmãos sabem o que vem a ser
heresia? Claro que sabem! Mas o significado da palavra heresia é escolha ou
opção. No sentido teológico ela aponta para alguém que escolhe um desvio de doutrina ou algo que
se opõe à verdade claramente revelada na Escritura; é uma visão equivocada,
distorcida, corrompida daquilo que Deus revelou em sua palavra. Portanto,
ao ver deles, quando uma igreja ou denominação [que em muitos casos o simples
fato de ser igreja ou denominação já a torna em produto do anticristo ou
diabólico] reconhece a liderança de um pastor, presbítero ou bispo, ela se
enquadraria no grupo daqueles que desprezam a verdade, logo, é herética. O
nível de ataque se revela frontalmente contra toda a igreja e toda a tradição
da igreja e ao que a Bíblia revela.
A
primeira pergunta que eles não querem responder, e que responderemos, é: o que
é um pastor?
É
interessante notar que há uma verdadeira frente de ataque ao ministério
pastoral por parte de grupos que odeiam toda e qualquer forma organizada
de igreja.
Eles chegam às raias da irresponsabilidade e da calúnia ao colocarem que
a
igreja não passa de uma tradição humana e, como tal, guiada por homens
[não no sentido como a entendemos, formada por homens que são
instrumentos de Deus na realização da sua obra], mas, ao assim
procederem, querem dizer que não há nada divino
nela, e se não há, a conclusão é lógica, o espírito da igreja tem a
procedência maligna. Contudo, estranhamente, eles se apegam a escritos e
ditos de homens que se organizam em grupos para defenderem suas ideias.
Ora, por que a
igreja milenar é um conceito falso, mas suas organizações muito mais
recentes,
cujos líderes são indivíduos que impõem, de certa forma, seus
ensinamentos a outros
homens, não é? Se igualmente formam um corpo de doutrina, e são
doutrinados e doutrinadores? Uma pergunta que os líderes e seguidores
desse movimento dos “sem-igrejas”
não querem responder, um tanto por má-fé e orgulho e presunção, e outro
tanto
por ignorância mas também orgulho e presunção; porque os princípios que
os
norteiam são meramente especulativos, inferências, as quais não são
moldadas
pelo texto bíblico, mas tentam força-lo a calar-se no que diz e a dizer o
que
não diz. O que me leva a concluir que o espírito que os norteia não
procede de Deus e tem origem no inimigo do homem, ao qual consideram um
amigo, ainda que inconscientemente.
Mais vergonhoso ainda é que as suas críticas partem exatamente da experiência, ou melhor, de um tipo de experiência fragmentada daquilo que veem na sociedade ou foi dito dela, daquilo que a falsa igreja se esmera em exibir, como se fosse a totalidade da igreja ou como se todas as experiências estivessem contidas nela. Criam um estereótipo no qual colocam todas as denominações e todas as organizações eclesiásticas como se fossem uma, numa espécie de unidade indistinguível. Desta forma, torna-se mais fácil associar os erros e desvios e pecados da falsa igreja e a doutrina espúria do falso evangelho como se fossem todas uma mesma concepção, guiadas pela mesma doutrina e motivação. É a arte de confundir para iludir, de espalhar uma mentira esperando que ela se torne verdade. Não dá para esquecer que a igreja é alvo do inimigo desde o princípio, e ele “levantou” muitos dos seus servos, e ainda os levanta, não para coibir o erro ou denunciá-lo [e muitos incautos se iludem com essa falsa piedade], mas para fazer parecer que toda a igreja está corrompida e que apenas alguns “iluminados” conhecem-na verdadeiramente e estão aptos a julgá-la. Mas, de onde vem a sua autoridade? Quem a outorgou?
Mais vergonhoso ainda é que as suas críticas partem exatamente da experiência, ou melhor, de um tipo de experiência fragmentada daquilo que veem na sociedade ou foi dito dela, daquilo que a falsa igreja se esmera em exibir, como se fosse a totalidade da igreja ou como se todas as experiências estivessem contidas nela. Criam um estereótipo no qual colocam todas as denominações e todas as organizações eclesiásticas como se fossem uma, numa espécie de unidade indistinguível. Desta forma, torna-se mais fácil associar os erros e desvios e pecados da falsa igreja e a doutrina espúria do falso evangelho como se fossem todas uma mesma concepção, guiadas pela mesma doutrina e motivação. É a arte de confundir para iludir, de espalhar uma mentira esperando que ela se torne verdade. Não dá para esquecer que a igreja é alvo do inimigo desde o princípio, e ele “levantou” muitos dos seus servos, e ainda os levanta, não para coibir o erro ou denunciá-lo [e muitos incautos se iludem com essa falsa piedade], mas para fazer parecer que toda a igreja está corrompida e que apenas alguns “iluminados” conhecem-na verdadeiramente e estão aptos a julgá-la. Mas, de onde vem a sua autoridade? Quem a outorgou?
Os
ataques são autocontraditórios ao acusar-nos exatamente daquilo que eles mesmos
fazem e não percebem fazer. Eles partem do princípio de uma autoridade, não
investida por Deus, mas por cada um deles, uma autoridade ou muitas autoridades
humanas, cujos pensamentos são endossados por um grupo cada vez maior de
pessoas que não percebem estarem sendo fisgadas pela mesma rede que julgam
denunciar: o grito em alto e bom som de que nenhuma liderança é bíblica, mas,
afinal, como eles convivem com seus líderes? Ou apenas eles seriam bíblicos?
Muitas de suas afirmações não são somente desrespeitosas e ofensivas, mas atentam à soberania de Deus, à autoridade de Deus sobre a igreja; e não poucos são unitaristas, combatendo a Trindade, de forma que fica evidente o propósito dos seus ataques à autoridade eclesiástica, o que é algo muito maior do que simplesmente aparenta ser: querem a desagregação da igreja e a demolição da fé cristã. Porque mantendo o homem afastado da igreja, que chances ele tem de estar próximo de Deus? [1]. Como o Senhor Jesus disse, éramos ovelhas sem pastor, sem direção, e é o que esses “cristãos” desejam perpetrar.
Muitas de suas afirmações não são somente desrespeitosas e ofensivas, mas atentam à soberania de Deus, à autoridade de Deus sobre a igreja; e não poucos são unitaristas, combatendo a Trindade, de forma que fica evidente o propósito dos seus ataques à autoridade eclesiástica, o que é algo muito maior do que simplesmente aparenta ser: querem a desagregação da igreja e a demolição da fé cristã. Porque mantendo o homem afastado da igreja, que chances ele tem de estar próximo de Deus? [1]. Como o Senhor Jesus disse, éramos ovelhas sem pastor, sem direção, e é o que esses “cristãos” desejam perpetrar.
Devemos
notar que, apesar de haver uma pequena diferença entre os termos pastor,
presbítero e bispo, em linhas gerais, a Bíblia os trata como aquele homem capacitado
por Deus e designado pela igreja para cuidar, zelar, apascentar e proteger o
rebanho do Senhor, buscando aquelas que se encontram desgarradas e trazendo-as para
o aprisco, não abandonando-as, mas cuidado delas. Dentro deste contexto, a referência máxima do que significa “pastor”
está em João 10, quando o Senhor se nomina "o bom pastor"; mas será o
Senhor o único pastor? Será que Deus não instituiu na igreja homens que fossem
responsáveis por preservar o seu ensinamento? Que guiassem o seu povo no
Evangelho? E que guardassem a sã doutrina? Não há exemplos deles na Escritura?
Apontarei
alguns versículos que tratam do tema, com uma pequena explicação. Quem desejar
saber mais sobre o assunto, ouça o áudio desta aula, onde todos estes e outros
pontos são abordados com maior exatidão.
Em
Ef 4.11, Paulo diz que Cristo deu “uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores”, para edificação do corpo. Ele deu à igreja pessoas as quais
qualificou para o aperfeiçoamento e induzindo ao bem e à virtude os
santos.
Atos 20.28: É Deus quem constitui os bispos para apascentar o rebanho de Deus;
1Tm 4.14: O presbítero ordenava, através da imposição de mãos, o ministro pastoral;
At. 14.23: Os anciãos eram eleitos pela igreja [assim como foi a igreja quem elegeu Matias para o lugar de Judas no apostolado];
At 16.4: Não somente os apóstolos, como querem parecer alguns, mas também os anciãos tinham a incumbência de estabelecer decretos e normas para as igrejas;
Tt 1.4: Os presbíteros eram estabelecidos de cidade em cidade;
Tt 1.5-9; 1Tm 3.1-10: Tinham de atender a certas qualidades para serem líderes na igreja, sem as quais, ninguém podia ser candidato ao episcopado.
Atos 20.28: É Deus quem constitui os bispos para apascentar o rebanho de Deus;
1Tm 4.14: O presbítero ordenava, através da imposição de mãos, o ministro pastoral;
At. 14.23: Os anciãos eram eleitos pela igreja [assim como foi a igreja quem elegeu Matias para o lugar de Judas no apostolado];
At 16.4: Não somente os apóstolos, como querem parecer alguns, mas também os anciãos tinham a incumbência de estabelecer decretos e normas para as igrejas;
Tt 1.4: Os presbíteros eram estabelecidos de cidade em cidade;
Tt 1.5-9; 1Tm 3.1-10: Tinham de atender a certas qualidades para serem líderes na igreja, sem as quais, ninguém podia ser candidato ao episcopado.
Notas: [1] Com isso não estou afirmando que todos na igreja estão próximos de Deus. Sabemos que há o joio, e de que o joio foi semeado pelo inimigo, mas fora da igreja, como a Bíblia diz e já estudamos, o homem não está sob a proteção divina.
[2] Aula realizada na EBD do Tabernáculo Batista Bíblico.
[3] Baixe o áudio desta aula em Aula 47b - Autoridade Pastoral III.MP3