Por Jorge Fernandes
O homem não é senhor, nem jamais o será. O homem não é senhor sequer de si mesmo, e jamais o será. O homem só pode ser servo, e isso ele é, e sempre será. Resta saber a quem ele servirá, se a Deus, ou ao Diabo e o pecado.
Se alguém se propuser a dizer que controla a própria vida, bem... ele não é humano, mas o próprio deus. Ele deve fazer parte de algum clã divino que o “possibilita” a gerir a própria existência. Haverá um de nós que pode afirmar tal coisa?
Comecemos pelo nascimento... Alguém escolheu onde nascer? De quais pais nascer? O país, cidade e hospital? Alguém escolheu o próprio nome, sexo, o tipo sanguíneo, a cor dos olhos ou da pele? Qual seria a sua professora no maternal, ou se teria habilidade suficiente para ser um craque em squash? Alguém pode decidir, minimamente, sem ser influenciado pelos amigos, pelo sistema, pela mídia, pela moral? Até mesmo o imoral parte da pressuposição da moral para a sua imoralidade, ainda que não a compreenda, e se rebele contra ela.
É possível comprar-se um creme dental sem que aja qualquer influência em nossa decisão? Seja ela econômica, estética, odontológica? Ou mesmo que pudesse ser aleatória, o que não é (talvez pela proximidade do tubo; ou por estar na prateleira de baixo ao meu alcance; ou porque o repositor esqueceu-se e deixou apenas uma marca em estoque... Visto que a minha altura, a da prateleira, e a incompetência do estoquista não são casuais mas causais), ainda assim haveria uma motivação, uma influência para se colocar o creme dental no carrinho de compras, seja qual for. Pois a própria decisão de comprar o dentifrício já é desencadeada por alguma persuasão, por forças que sequer conhecemos ou entendemos.
Se levarmos esse exemplo para todas as decisões na vida, veremos que elas jamais deixam de sofrer uma influência externa, que se acomoda internamente, formando o que se chama de vontade, escolha, desejo; que, contudo, não é livre e independente.
É fácil perceber o desgoverno de nós em nós mesmos, e que muitos fatores levam-nos à optar pelo azul ao invés do vermelho, a ser advogado ao invés de lenhador, a ouvir Bach e não o MC bolinha. Temos, assim, debilitada a noção de liberdade que julgamos ter, e da qual não queremos abrir mão, ainda que ela seja intangível e se afaste cada vez mais de nós na medida em que a entendemos. E pode nos fazer servos de um ou de outro senhor, mas jamais nos fará senhores, nem das situações, nem das escolhas, nem de nossas vidas.
Basta olhar o nosso guarda-roupas ou a nossa discoteca para percebermos o quanto a nossa "vontade" é servil, subjugada, escravizada. Não há autonomia, e crer nela é o mesmo que dar um placebo a um tetraplégico, e esperar encontrá-lo no próximo domingo pulando na arquibancada do Mineirão. O homem vive de sonhos, e o maior sonho é fazer-se dono de si mesmo e da sua vontade. O que nos faz voltar à pergunta inicial: de quem sou servo? Visto que não há como ser senhor, pelo menos devo saber a quem me submeto.
Jesus Cristo, em Mt 6.24, diz: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" (uma entre tantas divindades criada pelo homem). E questionado pelos fariseus, afirmou: "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira" (Jo 8.44); e ainda: aquele que me ama, fará a minha vontade. Portanto, a Bíblia confirma que temos um senhorio. Se de Cristo, a viver eternamente no Seu reino de glória; sem Cristo, a morrer eternamente para Deus, e para sempre ser castigado e lançado no inferno, onde o fogo não se extingue jamais.
Muitos dirão que Deus não existe. Apenas e tão somente o “poderoso” acaso; o qual aleatoriamente escolhe a morte para uns, a vida para outros, a miséria para um terceiro e a opulência para um quarto. O destino tornou-se o "deus" de milhares de homens durante a história da humanidade, e ele exerce uma força dominadora tão grande nas pessoas, que elas o ergueram ao pedestal de onisciência e soberania, como se nele houvesse inteligência, juízo, sabedoria, ou na pior das hipóteses, um poder caótico, desordenado; mas, ainda assim, capaz o suficiente para estabelecer diretrizes à vida.
Portanto, os ateus não podem esquivar-se a refletir: “somos peões nas mãos de um enxadrista, mesmo que ele não conheça e entenda o ‘jogo’”. O que os faz servos do seu deus, mesmo que seja um deus estúpido, estouvado e inconsequente, que bata a cabeça em paredes, volte e bata novamente, ignorando o que seja parede e o que seja cabeça.
A Bíblia afirma que Satanás é o pai da mentira, que ele veio para roubar, matar e destruir (Jo 10.10). Ele gosta de confundir, de fazer as pessoas parecerem originais em sua soberba e vaidade. No fundo, como um rebelde ensandecido, pai do caos, e um mentor diligente, ele explora esse sentimento arraigado no homem caído, visando convencê-lo da inexistência de Deus e dele próprio, pois ao negar-se, ele nega o pecado, a queda e o Altíssimo. É uma tática surrada, de um velhaco, mas que surte efeito em mentes arrogantes e incautas, em corações endurecidos.
Elas buscam independência e autonomia utópicas, levando-as a abominarem toda e qualquer referência ao único e verdadeiro Senhor (O Deus bíblico), a fim de viverem uma pseudoliberdade, de deter uma pretensa autoridade, insana, vã; tornando-os em insurgentes, aptos a viverem absolutamente na dissolução e pecaminosidade, em nome de um aparente prazer e superioridade.
Mas você, prontamente, gritará uma outra opção: “EU SIRVO A MIM MESMO! NÃO QUERO SABER DE DEUS! SOU DONO DO MEU NARIZ, E FAÇO O QUE QUERO, QUANDO QUERO!”. Pergunto-lhe: como fazê-lo se não é senhor? E se a sua vontade está presa, sujeita ao pecado? No máximo, o que fizer será sob ordens, no domínio do seu superior, sob o comando e a serviço de outrem. Jesus diz: "em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado" (Jo 8.34).
Não há meio termo, não há como conciliar e condescender. Rejeitar a Cristo e ao Evangelho é desprezar a Deus, é permanecer morto espiritualmente, e escravo da vontade do outro "senhor", o qual tem os dias contados, e um lugar de tormento reservado para ele e suas legiões de demônios.
A liberdade encontra-se exclusivamente em Jesus Cristo, o único capaz de quebrar os grilhões que nos mantêm aprisionados; pois Ele, em seu muito amor com que ama os seus servos, nos transporta do reino de dor, aflição, mentira e conceitos farsescos, para o reino de amor, verdade, paz e plenitude da Sua glória.
Como Paulo afirma (quando do retorno glorioso do Filho de Deus, como Rei dos reis, e Juiz do universo): “Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai"(Flp 2.10-11).
Então, naquele dia, os homens que negaram a Deus e se mantiveram em insubordinação, Satanás e os anjos caídos (que na sua loucura pretenderam ser iguais ao Altíssimo), e aquele que crê, seja lá em que deus for, terá de se curvar, de quebrar a sua cerviz, porque estará diante do Senhor eterno e supremo; e a Sua glória o constrangerá de tal forma, que somente haverá lamento e choro por causa de toda a insanidade e tolice do homem.
Ao afastar-se definitiva e eternamente de Deus, e vislumbrar a Sua glória das densas trevas (se possível for), trará apenas a desolação e a lembrança de uma vida inútil na terra... e a constatação de uma vivência aterrorizante, flageladora... por toda a eternidade.
E onde estará o seu senhor? Aquele que o levou a se confrontar com a justiça de Deus, induziu-o ao erro de se considerar inocente, quando, ao praticar o crime de desprezar o Todo-Poderoso tornou-se condenado?... Estará ao seu lado, em indescritível tormento...
Concluo com a descrição libertadora de George Matherson:
“Faz-me um cativo Senhor e livre então serei;
Obriga-me à entregar a espada e serei um conquistador;
Nos alarmes da vida me afundo. Quando estou só;
Aprisiona-me em teus braços; e forte minha mão será”
Que Jesus Cristo, o Deus misericordioso e gracioso, sujeite-o ao Seu senhorio, para o seu próprio e eterno bem.
Se alguém se propuser a dizer que controla a própria vida, bem... ele não é humano, mas o próprio deus. Ele deve fazer parte de algum clã divino que o “possibilita” a gerir a própria existência. Haverá um de nós que pode afirmar tal coisa?
Comecemos pelo nascimento... Alguém escolheu onde nascer? De quais pais nascer? O país, cidade e hospital? Alguém escolheu o próprio nome, sexo, o tipo sanguíneo, a cor dos olhos ou da pele? Qual seria a sua professora no maternal, ou se teria habilidade suficiente para ser um craque em squash? Alguém pode decidir, minimamente, sem ser influenciado pelos amigos, pelo sistema, pela mídia, pela moral? Até mesmo o imoral parte da pressuposição da moral para a sua imoralidade, ainda que não a compreenda, e se rebele contra ela.
É possível comprar-se um creme dental sem que aja qualquer influência em nossa decisão? Seja ela econômica, estética, odontológica? Ou mesmo que pudesse ser aleatória, o que não é (talvez pela proximidade do tubo; ou por estar na prateleira de baixo ao meu alcance; ou porque o repositor esqueceu-se e deixou apenas uma marca em estoque... Visto que a minha altura, a da prateleira, e a incompetência do estoquista não são casuais mas causais), ainda assim haveria uma motivação, uma influência para se colocar o creme dental no carrinho de compras, seja qual for. Pois a própria decisão de comprar o dentifrício já é desencadeada por alguma persuasão, por forças que sequer conhecemos ou entendemos.
Se levarmos esse exemplo para todas as decisões na vida, veremos que elas jamais deixam de sofrer uma influência externa, que se acomoda internamente, formando o que se chama de vontade, escolha, desejo; que, contudo, não é livre e independente.
É fácil perceber o desgoverno de nós em nós mesmos, e que muitos fatores levam-nos à optar pelo azul ao invés do vermelho, a ser advogado ao invés de lenhador, a ouvir Bach e não o MC bolinha. Temos, assim, debilitada a noção de liberdade que julgamos ter, e da qual não queremos abrir mão, ainda que ela seja intangível e se afaste cada vez mais de nós na medida em que a entendemos. E pode nos fazer servos de um ou de outro senhor, mas jamais nos fará senhores, nem das situações, nem das escolhas, nem de nossas vidas.
Basta olhar o nosso guarda-roupas ou a nossa discoteca para percebermos o quanto a nossa "vontade" é servil, subjugada, escravizada. Não há autonomia, e crer nela é o mesmo que dar um placebo a um tetraplégico, e esperar encontrá-lo no próximo domingo pulando na arquibancada do Mineirão. O homem vive de sonhos, e o maior sonho é fazer-se dono de si mesmo e da sua vontade. O que nos faz voltar à pergunta inicial: de quem sou servo? Visto que não há como ser senhor, pelo menos devo saber a quem me submeto.
Jesus Cristo, em Mt 6.24, diz: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" (uma entre tantas divindades criada pelo homem). E questionado pelos fariseus, afirmou: "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira" (Jo 8.44); e ainda: aquele que me ama, fará a minha vontade. Portanto, a Bíblia confirma que temos um senhorio. Se de Cristo, a viver eternamente no Seu reino de glória; sem Cristo, a morrer eternamente para Deus, e para sempre ser castigado e lançado no inferno, onde o fogo não se extingue jamais.
Muitos dirão que Deus não existe. Apenas e tão somente o “poderoso” acaso; o qual aleatoriamente escolhe a morte para uns, a vida para outros, a miséria para um terceiro e a opulência para um quarto. O destino tornou-se o "deus" de milhares de homens durante a história da humanidade, e ele exerce uma força dominadora tão grande nas pessoas, que elas o ergueram ao pedestal de onisciência e soberania, como se nele houvesse inteligência, juízo, sabedoria, ou na pior das hipóteses, um poder caótico, desordenado; mas, ainda assim, capaz o suficiente para estabelecer diretrizes à vida.
Portanto, os ateus não podem esquivar-se a refletir: “somos peões nas mãos de um enxadrista, mesmo que ele não conheça e entenda o ‘jogo’”. O que os faz servos do seu deus, mesmo que seja um deus estúpido, estouvado e inconsequente, que bata a cabeça em paredes, volte e bata novamente, ignorando o que seja parede e o que seja cabeça.
A Bíblia afirma que Satanás é o pai da mentira, que ele veio para roubar, matar e destruir (Jo 10.10). Ele gosta de confundir, de fazer as pessoas parecerem originais em sua soberba e vaidade. No fundo, como um rebelde ensandecido, pai do caos, e um mentor diligente, ele explora esse sentimento arraigado no homem caído, visando convencê-lo da inexistência de Deus e dele próprio, pois ao negar-se, ele nega o pecado, a queda e o Altíssimo. É uma tática surrada, de um velhaco, mas que surte efeito em mentes arrogantes e incautas, em corações endurecidos.
Elas buscam independência e autonomia utópicas, levando-as a abominarem toda e qualquer referência ao único e verdadeiro Senhor (O Deus bíblico), a fim de viverem uma pseudoliberdade, de deter uma pretensa autoridade, insana, vã; tornando-os em insurgentes, aptos a viverem absolutamente na dissolução e pecaminosidade, em nome de um aparente prazer e superioridade.
Mas você, prontamente, gritará uma outra opção: “EU SIRVO A MIM MESMO! NÃO QUERO SABER DE DEUS! SOU DONO DO MEU NARIZ, E FAÇO O QUE QUERO, QUANDO QUERO!”. Pergunto-lhe: como fazê-lo se não é senhor? E se a sua vontade está presa, sujeita ao pecado? No máximo, o que fizer será sob ordens, no domínio do seu superior, sob o comando e a serviço de outrem. Jesus diz: "em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado" (Jo 8.34).
Não há meio termo, não há como conciliar e condescender. Rejeitar a Cristo e ao Evangelho é desprezar a Deus, é permanecer morto espiritualmente, e escravo da vontade do outro "senhor", o qual tem os dias contados, e um lugar de tormento reservado para ele e suas legiões de demônios.
A liberdade encontra-se exclusivamente em Jesus Cristo, o único capaz de quebrar os grilhões que nos mantêm aprisionados; pois Ele, em seu muito amor com que ama os seus servos, nos transporta do reino de dor, aflição, mentira e conceitos farsescos, para o reino de amor, verdade, paz e plenitude da Sua glória.
Como Paulo afirma (quando do retorno glorioso do Filho de Deus, como Rei dos reis, e Juiz do universo): “Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai"(Flp 2.10-11).
Então, naquele dia, os homens que negaram a Deus e se mantiveram em insubordinação, Satanás e os anjos caídos (que na sua loucura pretenderam ser iguais ao Altíssimo), e aquele que crê, seja lá em que deus for, terá de se curvar, de quebrar a sua cerviz, porque estará diante do Senhor eterno e supremo; e a Sua glória o constrangerá de tal forma, que somente haverá lamento e choro por causa de toda a insanidade e tolice do homem.
Ao afastar-se definitiva e eternamente de Deus, e vislumbrar a Sua glória das densas trevas (se possível for), trará apenas a desolação e a lembrança de uma vida inútil na terra... e a constatação de uma vivência aterrorizante, flageladora... por toda a eternidade.
E onde estará o seu senhor? Aquele que o levou a se confrontar com a justiça de Deus, induziu-o ao erro de se considerar inocente, quando, ao praticar o crime de desprezar o Todo-Poderoso tornou-se condenado?... Estará ao seu lado, em indescritível tormento...
Concluo com a descrição libertadora de George Matherson:
“Faz-me um cativo Senhor e livre então serei;
Obriga-me à entregar a espada e serei um conquistador;
Nos alarmes da vida me afundo. Quando estou só;
Aprisiona-me em teus braços; e forte minha mão será”
Que Jesus Cristo, o Deus misericordioso e gracioso, sujeite-o ao Seu senhorio, para o seu próprio e eterno bem.
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