sábado, 14 de março de 2009

PECADO: UMA TRAGÉDIA!














Por Jorge Fernandes

Diante da imoralidade e da cegueira que campeiam no país, onde os valores cristãos têm sido constante e pertinazmente desprezados e substituídos pela falácia humanista/marxista, onde a verdade se tornou relativa a ponto do mal quase não mais incomodar ninguém (a não ser os que sofrem diante da ilusão de que o homem é bom e somente precisa ser compreendido e aceito como tal para que “toda” a inclinação para o bem que não possui se manifeste), alguns blogs discutiram a polêmica do aborto da menina de 9 anos estuprada pelo padrasto em Recife, e que somente se tornou uma controvérsia porque os padrões absolutos de Deus e Sua sabedoria são sistematicamente substituídos pela crença no homem e sua parvoíce.
Certamente, se não houvesse o desdém aos princípios bíblicos, casos como esse não aconteceriam (nem mesmo se chegaria ao estupro, quanto mais ao aborto dos gêmeos), porque Cristo é a verdade e, fora dele, há apenas mentira e fraude. Mas enquanto o homem permanecer cego, o que lhe resta ver a não ser as trevas?
Abaixo, transcrevo alguns dos comentários que fiz em blogs cristãos, cujos links de acesso encontram-se no final de cada um dos textos.
“Bem-aventurados os retos em seus caminhos, que andam na lei do Senhor. Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos, e que o buscam com todo o coração. E não praticam iniqüidade, mas andam nos seus caminhos. Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos... Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl 119.1-4;8).
Que assim seja!

1) COMENTÁRIO AO TEXTO DO PRESBÍTERO SOLANO PORTELA NO "TEMPORA-MORES"

Solano,
Por que os abortos são legitimados? Como você disse, porque a nossa consciência é antropocêntrica e não teocêntrica. Se a Bíblia fosse não somente a regra de fé, mas a regra moral e ética da sociedade, certamente tal crime não seria cometido. Quando uma sociedade relativiza a vida e a morte, o que se pode esperar dela? Quando os parâmetros são dúbios, incoerentes, pautados pelo “vale-tudo” (a)moral, há poucas chances ou nenhuma para o certo. E o pecado se torna inofensivo, indolor, anestesiante, ainda que o homem se deleite na própria destruição.
De certa forma, somos culpados por essas mortes; quando aceitamos em nossas igrejas que irmãos afastem-se da palavra de Deus e adotem uma postura humanista/liberal sem que sejam exortados e/ou disciplinados à obediência divina, ao Evangelho de Cristo. Quando se oferecem "cristos" baseados nas concepções humanas, e não o Cristo da Bíblia, o qual é único, não há esperança para a vida, apenas morte.
O arcebispo errou ao condenar o aborto? Não. Ele conhece as Escrituras? Provavelmente, não. Mas muitos de nós usam a Bíblia desonesta, espúria, corruptamente, a fim de justificar pecados e crimes como o homossexualismo, o aborto, o divórcio e o novo casamento, entre outros. Não querem perder o contato carnal com o mundo, nem rejeitá-lo, mas viver nele com o endosso e aquiescência de Deus, como se fosse possível. Não querem guerra, nem inimizade com o mundo, mas tornarem-se aliados.
A tristeza é que, casos como esse, acontecem diariamente em nossas cidades, sem que ninguém se importe. Recentemente, no interior de Minas, uma menina de 10 anos engravidou-se do padrasto (e aí não estaria parte do erro? Mães e pais que colocam as suas prioridades acima das dos filhos e filhas?), o qual foi preso, mas a família optou pela vida, e não pela morte do bebê. Enquanto a sociedade for permissiva e proteger os bandidos, nós continuaremos vítimas, e fazendo-nos de vítimas.
Abraços.
(a discussão enfim, migrou para a pena de morte, a qual fiz algumas considerações)

2) COMENTÁRIO AO TEXTO DO JÚLIO SEVERO EM SEU SITE

Júlio,
Concordo com tudo o que disse, porém, a questão é muito mais grave, pois os males sociais estão diretamente ligados ao desprezo a Deus e Sua palavra. Se houvesse a aplicação da Lei Moral de Deus, com as punições descritas no A.T., ao invés da indústria do crime fomentada por advogados, juízes, psicólogos forenses, leis inócuas e o sistema prisional inepto, garanto que a criminalidade desceria a quase zero. Temos de entender que os princípios bíblicos não são apenas para os crentes mas para toda a sociedade, cuja sabedoria de Deus entregou-nos a Sua Lei para que o mal fosse restringido. Contudo, o homem crê na sua falsa sabedoria, entrega-se ao racionalismo/humanista/liberalismo/esquerdista, e é vítima dos seus pecados, soberba e estupidez, deleitando-se na própria destruição.
Creio que a crítica maior está reservada à igreja que não tem sido luz no mundo, ao contrário, tem se aliado com as trevas e propalado o padrão iníquo de satanás, ao não somente permitir mas desejar guiar-se por ele.
Enquanto o homem rejeitar Deus e a Sua Lei, estará fadado à morte e a ruína. E cabe-nos, o corpo de Cristo, guerrear contra o mundo e pela verdade, o Evangelho de nosso Senhor Jesus, pois não estamos autorizados a rever os princípios bíblicos, mas a obedecê-los, simplesmente.

3) COMENTÁRIO AO TEXTO DO MARCOS DAVID MUHLPOINTNER EM "MÚSICA, CIÊNCIA E TEOLOGIA"

Marcos,
Concordo com boa parte do que disse, exceção à questão do aborto. A legitimação desse crime, seja qual motivação houver, sempre ferirá a Lei Moral, a qual, para nós crentes, está acima da lei estatal. Muitas vezes são argumentos humanísticos (eivados por uma falsa justiça) que, invariavelmente, tentam desacreditar e invalidar a Escritura Sagrada, e levam os cristãos a guiarem-se pelo pensamento antropocêntrico.
Não sou biólogo, nem médico, mas se fosse, me recusaria a realizar pesquisas com embriões, abortos e cirúrgias de mudança de sexo, ainda que fosse punido pela lei. A questão é se os meus pressupostos são bíblicos, aparentemente bíblicos ou não-bíblicos; o que refletirá diretamente na minha conduta de vida. Se são bíblicos, guiarei-me pela vontade de Deus, nos outros dois casos, a minha cosmovisão é extra-bíblica, e conflita com a revelação divina.
O problema é que a nossa sociedade despreza Deus e a Sua palavra e, como tal, desde o início, mantém-se num estado de rebeldia, onde casamentos são desfeitos e outros arranjados sem se preocupar com a real proteção e necessidade dos filhos (tratando-os negligente e irresponsavelmente), além do quê, há uma irritante tolerância com o criminoso(a). Vivemos uma avalanche de padastros (e pais, mães) que torturam, estupram e matam enteadas e enteados (filhos e filhas), e a origem disso está onde? No desprezo aos princípios bíblicos, os quais são para toda a sociedade, não apenas para o crente (e a maioria de nós quer se ver livre deles, e pecar comodamente).
Portanto, a despeito do apelo emocional e sentimental da situação (realmente triste, sobretudo, porque é uma afronta a Deus), não vejo nada além do que pecadores sofrendo por sua própria rebeldia (não se esqueça de que "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" [Rm 3.23], inclusive a menina)

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