terça-feira, 13 de outubro de 2009

NÃO DESPERDICE O SEU ASSALTO

























Por Jorge Fernandes





Sábado, fui assaltado.



Não, não foi por extorsão de alguma operadora de celulares. Nem pelo plano de saúde. Muito menos pelo "Leão". Não houve aumento das tarifas públicas na cidade, nem me venderam 100 pelo preço de 200. O gás continua com mesmo valor do mês passado, e a tv a cabo não me cobrou o ponto adicional, porque não tenho tv a cabo.



Foi assalto mesmo. À mão armada.



Estava em meu trabalho quando, por volta das 7:45, fui atender a porta. Eram dois adolescentes, e um terceiro que não pude ver, pois estava atrás do portão. Apontaram-me um revólver, renderam-me, levaram o meu celular e aproximadamente R$ 400 da empresa. Tinham a idade do meu filho, mas não se recusaram a mirar a arma para a minha cabeça.



Nunca vivi uma situação assim. Já passei por possibilidades de assalto, mas graças a Deus não se concretizaram. Naquele momento, não pude pensar em muita coisa; para ser sincero, não deu tempo nem de uma pequena súplica. Foi tudo muito rápido[1]. Apontaram o revólver, gritaram “assalto”, pegaram o celular sobre a mesa, revistaram as gavetas onde antes eu guardava a verba do pequeno caixa do escritório [e que ontem havia mudado de lugar]. Foi algo encomendado, pois sabiam direitinho onde eu guardava o dinheiro. Como não estava lá [a providência divina impediu que o prejuízo fosse maior], aproximaram a arma e exigiram a grana rapidamente. Fique apreensivo com a possibilidade de alguém chegar [um outro funcionário, um familiar, um amigo; o que sempre acontece aos sábados], de não dar a grana, e eles retaliarem; mas graças a Deus nada de mais grave aconteceu. Pedi-lhes calma, fui até onde havia guardado o pacotinho de notas, e entreguei-lhes. Juntaram alguns papeis na gaveta [documentos do caixa, os quais até agora não sei que serventia lhes teria], e saíram. Não sem antes ameaçar-me novamente de morte caso os seguisse ou chamasse a polícia. Não segui, mas liguei para o 190.



Interessante que não fiquei apavorado. Apreensivo, mas sem pânico. Eles pareciam muito mais nervosos e afoitos. Após saírem, agradeci a Deus por minha vida, e por ninguém mais estar ali comigo.



Como disse, não dá tempo de pensar em quase nada. Passam muitas coisas pela cabeça, sem que nenhuma delas se fixe ou ganhe corpo. Nem se tem as dimensões do perigo real. Horas depois é que as imagens voltam, e você começa a analisar o que poderia ter feito, ou o que poderia ter acontecido. O filme é reprisado, e é possível ver vários finais. Então, se chega ao que ninguém quer, ao desfecho mortal. Foi quando pensei, e daí? A morte pode ser algo dolorosa, como numa doença terminal ou na tortura. Pode ser rápida como num tiro certeiro. Ou serena, na velhice, durante o sono. Ela pode vir de muitas maneiras, mas invariavelmente acontecerá a cada um de nós, a menos que o Senhor decida-se por seu retorno em glória, o que parece ainda estar distante [ao menos, não há sinais de que ainda seja a hora; até porque, a hora ninguém sabe, somente Ele]. Pensei: o que seria de mim? E, ao reviver toda a cena, e chegar ao desenlace final [e ficcional], pude tranqüilizar-me pela segurança que Cristo dá à nossa salvação, a garantia da vida eterna. Veio-me à memória a Sua oração: “Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse” [Jo 17.11-12].



Enquanto meditava, não pude deixar de me emocionar diante do amor que o Pastor tem por Seu rebanho; e senti-me, no instante, reconfortado e aquecido pelas promessas e proteção de Deus, de que estou seguro em Suas mãos, e ninguém pode arrebatar-me delas.



Houve a alegria que a indignação não pode impedir. Houve o conforto que a insegurança não pode reter. Houve a esperança que a desconfiança não bloqueou. Houve a paz que a aflição não estancou. Houve mesmo o regozijo de que o Deus vivo é soberano sobre tudo e todos, mesmo sobre o meu assalto. Como diria o pr. John Piper, numa analogia provável, não desperdice o seu assalto.



Quando as viaturas da PM chegaram, os vizinhos, familiares [trabalho próximo de casa] e curiosos espantaram-se com a minha calma. Provavelmente, em outros tempos, quando ainda não era convertido, reagiria aos marginais. Talvez os dominasse, talvez fosse dominado. Mas naquele instante, ainda que a situação fosse violenta e coercitiva, desfrutei de uma calma que não julgava existir. A mesma calma que tenho quando, hoje, penso na hipótese concreta da morte. Para alguém que desde a mais tenra idade se viu numa luta ferrenha contra a maior de nossas inimigas, ter a certeza de que ela foi derrotada na cruz por Cristo, dissipa toda e qualquer angústia.



Um dia morrerei. Um dia você morrerá. Um dia, todos estaremos diante do Juiz supremo. Contudo, o salvo, aquele que ouve e crê no Senhor, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas já passou da morte para a vida [Jo 5.24]. Mas ao ímpio,"como escapareis da condenação do inferno?" [Mt 23.33].



Porque “a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz” [Jo 3.19].



Portanto, não desperdice o seu assalto, ou qualquer mal que lhe sobrevenha. Saiba que nada acontece alheio à vontade soberana de Deus, e de que, se for o roubo, a doença, o acidente, a catástrofe, a dor, ou qualquer outro desastre, cumpra-se a ordem de Paulo:"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Jesus Cristo para convosco" [1Ts 5.18]. Por que, na fraqueza, Deus nos faz fortes. E, assim como o ouro é provado pelo fogo, o crente é purificado nas provações, nas quais, ainda que um pouco contristados, devemos grandemente nos alegrar, para que a nossa fé se ache em louvor, e honra, e glória na revelação do Senhor [1Pe 1.6-7]. Sem as provações, como serão manifestos em nós os frutos do Espírito? Como ter mansidão, fé, longanimidade e temperança se estivermos em “céu de brigadeiro”?



Em um dos finais possíveis, me vi sobre um dos assaltantes esmurrando-o até desfigurá-lo. Não vou dizer que a idéia não me trouxe certo ânimo, e um desejo de vingança. Felizmente, não durou muito. Pensei também que poderia ter uma arma. De certa forma, a idéia não me agradou também. Isso não quer dizer que seja um pacifista, no sentido marxista da palavra. Sei que eles pregam paz quando querem guerra. E o objetivo é de que os outros sejam desarmados para que possam usar da sua beligerância sem qualquer resistência[2]. Não é isso. O crente combate muitas guerras. Porém nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra as hostes espirituais da maldade, para que possamos "resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes" [Ef 6.12-13].



Ainda que tendo direito, creio que o usaria apenas em circunstâncias extremas; provavelmente se um familiar, amigo ou indefeso precisasse de tal atitude diante de um ofensor. Seria eu um covarde? Talvez. A resposta mais certa seria sim. Mas há algo que o Senhor Jesus disse, e que por analogia serve para o Seu povo: “O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” [Jo 18.36]. Ainda que Cristo governe todo o universo, o Seu reino não é daqui. No reino de Cristo não haverá o mal nem o pecado. Então, por dedução, ainda que vivendo no mundo, não pelejaríamos contra ele, porque também não somos daqui. Deus não nos quer fora do mundo, mas livres do mal. E o mal pode ser exatamente não aceitar a perda. Pode ser o celular roubado, ou a saúde tirada, ou a demissão, ou a injúria sofrida, ou mesmo a morte. O prejuízo é algo inconcebível ao homem natural. Ninguém quer perder, antes todos querem ganhar. Mas o Cristianismo é diferente. Cristo deu-nos o exemplo de que, ao perder a Sua vida para depois tomá-la, ganhou para Si um povo eleito e santo, o qual foi remido pelo Seu sangue derramado na cruz, como o sangue de um cordeiro imaculado.



Infelizmente, não sabemos perder o que nos é caro [algumas coisas, desnecessárias], quanto menos administrar essas situações. Ao invés de nos sujeitar à vontade divina, nos iramos, desejamos vingança, revoltamo-nos nas vicissitudes, as quais nos levam diretamente às murmurações contra Deus. Em última instância, tudo é regido pelo Senhor, e se não nos acomodarmos à Sua vontade, rejeitando-a, rejeitamo-lO também.



Ainda que inconscientemente, se a glória de Deus é o fim de tudo, não o louvamos.



Jó, ao rebater as insanas palavras de sua mulher, disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal?” [Jó 2.10]. Em tudo isto ele não pecou contra Deus. Mas e nós? O que diríamos se alguém nos dissesse: “Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre”? [Jó 2.9]. É nessas horas que se vê a diferença entre o servo e o não-servo; entre o que crê e o que não crê; entre o santo e o impuro; entre a verdade e a mentira. Não somente nas situações limites, mas no dia-a-dia quando somos confrontados pelas mínimas e insignificantes decisões, que nos levam a cometer o que muitos chamam de “pequenos delitos ou pecadinhos”.



Aquele revólver apontado para mim podia ser de brinquedo. Podia nem mesmo ter balas. Podia ser tão velho que jamais dispararia. Mas ainda que fosse mortal, pudesse me matar, e efetivamente me matasse, queria poder dizer do fundo do meu coração, com toda a minha alma: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor” [Jo 1.21].



Certamente, Deus me concederia mais essa graça, e eu diria.



Nota: [1] O meu pastor disse que deveria tê-los chamado para orar, no que ele está certo, e arrependo-me de não ter pensado isso; mas, ainda não sou espiritual a este ponto, infelizmente. E, de certa forma, vi o quão distante estou do homem espiritual, perfeito e santo, em que me transformarei na eternidade, pelo poder do meu Senhor. Isto não é desculpa para a minha carnalidade, apenas a constatação de que estou anos-luz de distância de poder dizer, como Paulo disse: Não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim... Na verdade, ainda nem orei pelas almas dos meliantes, o que farei de imediato; pedindo que Deus coloque em suas vidas um homem verdadeiramente espiritual, que lhes revele o amor e a graça de nosso Senhor, proclamando o Seu santo Evangelho.

[2] A intenção não foi discutir o assunto do ponto de vista sócio-político, ainda que tenha tocado ligeiramente na questão, mas uma abordagem essencialmente espiritual.

[3] Hoje, faz cinco anos da minha regeneração. Agradeço a Deus por ter se apiedado de mim, derramado sobre a minha alma sua graça e misericórdia, e escolhido-me antes da fundação do mundo para ser conforme a imagem do Seu Filho Amado Jesus Cristo. Há muito o que caminhar, e muito em que ser conformado à santidade e perfeição do Senhor, mas sei que a boa obra iniciada em minha vida se aperfeiçoará, e será concluída até o Dia de Cristo. Bendito seja o Seu santo nome! Amém!



13 comentários:

Avelar Jr. disse...

Eu já passei por coisa semelhante.

Fui quase atacado por um louco descontrolado, que me ameaçou com um machado na mão, pronto a arremessá-lo sem me deixar defesa.

Não deu tempo de sentir medo mas deu tempo de pensar muita, muita coisa. Eu senti paz, conformismo e um pouco de decepção - eu estava pronto para morrer mas esperava que fosse por uma coisa boa, heroica, virtuosa, bela... por um ideal.

Muitas pessoas viram a cena bem de perto e ficaram paralisadas, mas Deus mandou um conhecido meu e do louco que o abraçou, fez com que entregasse o machado e o levou embora.

Depois que ele foi embora, eu dei um ataque de gargalhadas e fui beber um copo d'água.

Fiquei com pena do louco, que, quando toma o remédio, é uma pessoa até simpática.

Mas, no seu lugar, se eu pudesse, não os convidaria para orar: acho que seria improdutivo, eles iriam se irritar e reagir com brutalidade, piorando a situação deles. Eu falaria alguma coisa cristã simples e oraria por eles quando saíssem.

MD disse...

Há uns sete anos atrás, saí da casa de minha "namorada" (hoje minha esposa) à noite, e havia um rapaz brigando com sua namorada na esquina. Passei por ele e disse que o diabo o odiava, mas Deus podia salvá-lo. E continuei meu trajeto. Logo, ele veio correndo atrás de mim, estufando o peito e dizendo que "eu era 'forgado', que ia dar uns tiros em mim, etc". Calmamente olhei pra ele e disse: Vou cair aqui e sei para onde irei. E você?

Nisso, ele perguntou o que eu tinha dito. Repeti as mesmas palavras. E continuamos a caminhada, ele nervoso e eu calmo e conversando com ele.

Ele parou no meio do caminho e foi pra sua casa. E eu fui para a minha numa subida.

Após alguns dias, encontrei o rapaz umas vezes e sempre o cumprimentava.

Certa vez, ele veio ao meu encontro e me pediu o perdão. Disse que não só o perdoaria como até lhe daria um abraço. Então ele contou que já era batizado, que estava afastado do Evangelho, que naquela noite estava muito nervoso e contou também que de sua casa ficou me observando até eu sumir próximo de casa, etc.
Bem, ele continua longe do Evangelho.

É bem isso. A paz que há em nossas vidas nem se compara com a paz real, que Jesus nos deu.


*existe a história dos ladrões que iam levar meu carro há uns anos atrás e acabaram chorando, mas fica pra uma próxima.

Abraços.

Oliveira disse...

Assaltado?

"Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus e foram chamados pelo seu decreto..."

Certamente fostes alvo da oração do Senhor, quando disse "Pai, não quero que os tire do mundo, mas que os livre do mal..."

Pela reflexão que fazes, já dá para se perceber que o título é verdadeiro.

Parabéns pelo aniversário (do novo nascimento).

Não resistas aos que te querem o mal...

Melhore o sistema de segurança... risos...

Jorge Fernandes Isah disse...

Avelar,
Eu apenas gostaria de poder fazer isso, chamá-los à oração. Não sei se conseguiria. Um assalto não é o mesmo que fazer evangelismo em praça pública, ainda que eu devesse considerá-lo como idêntico.

Não sei... realmente não sei...

Não tive medo da morte, até me mantive muito calmo para a situação. Não fiquei aflito depois, apesar da cena não sair da cabeça.
À noite, orei e Deus me proporcionou um sono tranquilo, só quebrado pelo telefonema de um parente da minha esposa as 07:00 horas de domingo.

Sei que a minha vida está nas mãos de Deus, mas de alguma forma, foi uma oportunidade de testemunhar a Sua graça e misericórdia para com aqueles miseráveis. Assim como algumas pessoas oraram por mim quando eu era um miserável também.
De qualquer forma, Deus escreve certo, sempre certo, e se não foi desta vez, é porque não era mesmo para ser.

O seu testemunho foi muito mais brutal e perigoso. Mas Deus cuida dos Seus filhos, com o amor que não somos capazes de dimensionar tal a grandiosidade, mas é possível, pelo poder do Espírito, compreendê-lo através do sacrifício de Cristo.

Forte abraço.

Jorge Fernandes Isah disse...

MD,
Não deixe de contar a história dos ladrões chorando. Deve ser um testemunho e tanto.

Muitas vezes, é essa confiança em Cristo que devemos ter e não temos, infelizmente. E ao invés de darmos um bom testemunho, acabamos não dando nenhum, o que foi o meu caso.

A minha segurança ficou restrita a mim, não pude proclamá-la aos bandidos e, é mais ou menos o que o Senhor disse ao afimar que o crente é como uma lâmpada que não pode ficar escondida debaixo da cama, mas deve ser colocada no alto para que todos vejam não o nosso brilho, mas o brilho de Cristo refletido em nós.

Parabéns pelo seu testemunho. E devemos orar para que Deus se apiede da vida desse rapaz "desviado", convertendo-o verdadeiramente a Si.

Forte abraço.
Cristo o abençoe!

Jorge Fernandes Isah disse...

Natan,

Já era para ter melhorado, mas acaba que se protela, e protela... Já estamos pensando em algumas reformas.

Somos sempre alvos do amor de Deus, da Sua proteção e cuidado; o que não quer dizer que estaremos imunes a roubos, doenças, injustiças e morte. Ele saberá usar tudo, tanto o bem como o mal, para nos santificar e aperfeiçoar, por que, no fim, o que importa é sermos conformados à imagem de Cristo. E isso acontecerá, inapelavelmente.

Forte abraço.

Pr. Luiz Fernando disse...

Irmão Jorge,
parece que um grande percentual de amigos, familiares e conhecidos já passaram por isso, inclusive eu. rsrsr.
Mas o irmão bem lembrou sobre a soberania de Deus. Muito mais do que nos fazer insensíveis ao caos da vida, nos traz paz e segurança. Os sentimentos experimentados pelo irmão são provas incontestáveis da benção advinda da teologia reformada. Mesmo sabendo que Deus está no controle de tudo Ele permite que vivamos o estresse da experiência. Seu livramento não é do estresse da hora, mas dentro da situação vivida Sua mão sempre opera para um fim proveitoso.
Que o Senhor continue nos guardando a nós e aos nossos.
Um grande abraço.
Em Cristo

Jorge Fernandes Isah disse...

Pr. Luiz Fernando,
É fantástico como a sã doutrina nos dá não somente esperança, mas a certeza e calma para se vencer situações em que somos confrontados pelo mal.

Sinceramente, essa experiência trouxe-me tantas reflexões, inclusive quanto à necessidade de realmente colocar tudo nas mãos de Deus e confiar em que Ele fará o melhor por e para nós.

As vezes me vejo irritado e impaciente no dia-a-dia, agindo sem sabedoria e precipitadamente; e, agora sei que se diante de uma arma pude manter a calma (pela graça de Deus), por que não mantê-la nas situações mais corriqueiras e com pessoas do meu relacionamento diário? (seja familiar ou profissional).
Frquentemente é mais difícil tolerar um parente ou amigo do que um criminoso. Como Paulo disse (faço-o de memória): aquele que negligencia os da sua casa é píor do que um ímpio.
Somos mais educados e amáveis com os estranhos do que com os da nossa própria casa e círculo pessoal (não que se deva ser mal-educado e descortes com os estranhos). É um alerta especial para mim, e de que é necessário uma mudança. Como disse no texto: como dar frutos do Espírito se não somos confrontados pelo mal? É possível?

Ser conformados à imagem do Senhor Jesus é algo impossível para nós, mas graças a Deus pela obra de transformação ser Sua; e, com toda a certeza que a Escritura nos garante, seremos como o nosso Senhor um dia.

Mais uma vez, muito obrigado por seu comentário.

Forte abraço.

Isa Medeiros disse...

É, amigo, deve ter sido um susto e tanto, ao menos na hora. Quanto a reagir, há tantos riscos, tanto físicos quanto legais, que, infelizmente, às vezes penso que o bandido está mais amparado pelas leis do que nós.

De experiências traumáticas como estas devemos tirar lições, como você fez. Graças a Deus, certa vez passei por um acidente, fiquei 7 horas desacordado e depois daquilo aprendi coisas - não estou falando de luzes em finais de túneis, ok? - que acho que demoraria uma vida inteira para aprender. Como tenho praticamente a sua idade, penso que fiquei no lucro.

Abraço e que Deus te proteja.

Jorge Fernandes Isah disse...

Isaías (C.R.),
Deus realmente usará tudo para nos edificar e santificar. Em muitas situações seremos confrontados a aplicar os ensinamentos cristãos, o que significará em aproximar-nos cada vez mais da semelhança com Cristo.

Este é o fim do Evangelho: que todos os salvos sejam conformados ao Senhor Jesus. Como Paulo disse:
"Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou" (Rm 8.29-30).

A obra de Deus é completa; vivamos a viva esperança de que ela se realizará inevitavelmente.

Forte abraço ao irmão!

Isa Medeiros disse...

[fora de contexto] Também vou recomendar seu blog, pela afinidade que temos. Que Deus continue lhe abençoando. Abraços.

Jorge Fernandes Isah disse...

Isaías,

obrigado pela deferência. Sinto-me honrado por sua confiança e amizade.
Cristo o abençoe!
Forte abraço.

Helvecio.p disse...

Irmão, não li todas as suas postagens, falta de tempo seleciono umaou outra. Essa não tinha visto.A Frijolie encontrou com a ketlelin ( está certo ?) que me disse que ela está linda e que disse rapidamente o que tinha acontecido com você. Não estendi a conversa pois de pronto ela tinha me dito que estava bem. Bem...o quase é o que não é...o dinheiro eles levaram, mas é emprestado mesmo (rsrsrs). Não ligue por não ter orado ou não ter sido mais nobre. Não há nobreza na guerra...ou pelo menos é muito difícil. Vale a orientação do próprio Senhor: qualquer que quiser levar-lhe a capa dê-lhe também a túnica ( acho que isso..) Até pastores se esquecem disso nessas oras. Essa coisa de mostrar virtudes cristãs num momento desses é coisa de católicos, não estão errados, mas não é momento. Cada situação uma situação. É fazer o que a Bíblia diz...ficar na sua pois o livramento é do Senhor. Você foi surpreendido, como seres humanos é natural. Deus não. Lembra da soberania de Deus, aquela história e tal? o que muitos cristãos conseguem nessas oras é quase " atrapalhar " Deus. Tenho por regra o seguinte: quando não sei o que fazer ( e isso acontece muitas vezes ) dou um passo atrás e deixo Deus agir. Quando nos encontrarmos te conto um caso acontecido comigo.

Passou..passou tudo. Bola para frente confiando no senhor. apenas como diz a Bíblia e o próprio Senhor Jesus...vigiar e orar. Só isso nos põe uma passo adiante de qualquer acontecimento. Visite o meu blog, ok? espero que goste e que sirva para evangelizaçao. Estou fazendo uma reflexão bíblica desde o início do Gênesis.