segunda-feira, 16 de março de 2009

A NÃO-RELATIVIDADE DO PECADO


















Por Jorge Fernandes

Na era pós-moderna, em que a sociedade é guiada pelo conceito relativista-materialista, o homem é visto como um amontoado de genes, e suas atitudes estão diretamente ligadas à combinação dos genes, hormônios, e a interação deles com o meio natural e social em que vive. Segundo esse padrão, o homem é resultado de agentes biológicos/hereditários, químicos e ambientais; e assim explica-se os seus atos, os quais são conseqüência direta desses fatores. Tal pensamento visa tirar do homem o senso moral, e suprimir-se Deus, o criador da Lei Moral, pela qual o homem se revela iníquo, e culpado pelos seus pecados. Desta forma, está-se livre para praticar a dissolução e impiedade descaradamente, o "salvo-conduto" que o tornará inconsequente e irracional, fugindo de qualquer responsabilidade que não seja a de pecar, o vínculo suícida com o delito, que culminará na própria destruição.
O ceticismo aboliu a idéia do pecado como ato condenável e condenatório, não podendo ser julgado pela moral cristã, visto ser ao homem impossível resistir às "forças" bio-químico-sociais, as quais está exposto. Como os animais, o homem é refém do seu instinto, não podendo resistir-lhe. Este conceito é o que chamo de a "cara-de-pau" do pecador; por que, diferentemente dos animais, o homem possui uma alma imortal, e ela é capaz de conter e deter os seus impulsos pecaminosos. É claro que esta não é uma definição mas uma dedução, e se aplica apenas àqueles que são regenerados pelo Espírito Santo, mas o objetivo principal é o de diferenciar o homem e sua mente do animal e seu instinto. Muitos podem dizer que o animal é por vezes mais racional que o homem em sua irracionalidade. Pode ser. Mas o fato é que a Bíblia indica os atos imorais humanos como pecados, por isso a necessidade da Lei Moral, a qual distingue nossos atos (e por conseguinte, nós) das demais criaturas.
Por outro lado, o homem somente poderá se conter e deter os seus impulsos pecaminosos pelo poder e pela graça de Deus, ao transformar o coração de pedra em coração de carne; em outras palavras, Deus operará a conversão e o novo-nascimento no homem caído, e pelo poder de Cristo, o homem é justificado, absolvido dos seus pecados, e feito santo.
Se o homem tivesse se mantido puro e perfeito no Éden como Deus o criou, à Sua imagem e semelhança, não haveria o pecado, nem condenação (não entro no mérito de como isso se daria, porque o “se” aqui tem a idéia de hipótese não realizável, uma conjectura, visto Deus agir no homem e na história conforme Sua vontade decretada na eternidade).
O mundo moderno vê o pecado e o mal como resultado natural do que somos. Porém, as Escrituras nos revelam que o mal e o pecado são conseqüências daquilo que nos tornamos ao rebelar-nos contra Deus, ao rejeitar Sua autoridade, supondo-nos capaz de ser como Ele. Ao opor-se a Deus, deliberadamente o homem aliou-se ao mal, teve corrompida a sua natureza, fazendo-se antinatural, uma abominação.
Cristo veio restaurar o que se havia perdido, veio restaurar em nós a imagem de Deus que havia sido maculada e deteriorada por Adão e Eva. Por Ele ser o homem perfeito, puro, santo e sem pecado, ao morrer na cruz do Calvário, substituiu-nos, pagando o preço da nossa desobediência, dos nossos pecados e, então, fomos regenerados, santificados, purificados e transformados novamente à imagem e semelhança de Deus.
Então, o pecado não é relativo: por ele estamos mortos para Deus; por ele virá a condenação eterna; por ele Cristo morreu na cruz... e, por Ele, muitos serão justificados e salvos.
Glória eterna a Jesus Cristo, o nosso bendito Senhor e Salvador!

2 comentários:

Oliveira disse...

Foto chocante e bem contextualizada com a qualidade e conteúdo do texto.

Com Deus não se brinca... nem com o pecado.

Um abraço

Jorge Fernandes Isah disse...

Natan Oliveira,
Certamente, a foto é melhor que o texto (rsrsrs...), e causou-me impacto quando a vi. Como o texto já estava pronto, foi só adicioná-la.
Quanto ao pecado é isso que você disse, e que Paulo resumiu tão bem: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna" (Gl 6.7-8).
Forte abraço, amigo!