A AUTORIDADE INTOCÁVEL!
Por Jorge Fernandes Isah
4. A autoridade da
Sagrada Escritura, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do
testemunho de qualquer homem ou igreja, mas provém inteiramente de Deus, sendo
Ele mesmo a verdade e o seu autor. A Escritura, portanto, tem que ser recebida,
por ser a Palavra de Deus.
[II Pedro 1:19-21; II Timóteo 3:16; II
Tessalonicenses 2:13; I João 5:9.]
5. Pelo testemunho da Igreja de Deus
podemos ser movidos e persuadidos a ter em alto e reverente apreço as Sagradas
Escrituras. A santidade do assunto, a eficácia da doutrina, a majestade do
estilo, a harmonia de todas as partes, o propósito do todo (que é dar toda
glória a Deus), a plena revelação que faz do único meio de salvação para o
homem, e muitas outras excelências incomparáveis e perfeição completa, são
argumentos pelos quais abundantemente se evidencia serem elas a Palavra de
Deus. Contudo, a nossa plena persuasão e certeza quanto à sua verdade infalível
e divina autoridade provém da operação interna do Espírito Santo, que pela
Palavra e com a Palavra testifica aos nossos corações.
[João 16:13-14; I Coríntios 2:10-12; I João
2:20,27].
6. Todo o conselho de Deus,
concernente a todas as coisas necessárias para a sua própria glória, para a salvação
do homem, a fé e a vida, está expressamente declarado ou necessariamente
contido na Sagrada Escritura. A ela nada em tempo algum se acrescentará, quer
por nova revelação do Espírito, quer por tradições de homens. Entretanto,
reconhecemos ser necessária a iluminação interior, da parte do Espírito de
Deus, para a compreensão salvadora daquilo que é revelado na Palavra.
Reconhecemos que há algumas circunstâncias, concernentes à adoração a Deus e ao
governo da igreja, que são peculiares às sociedades e costumes humanos, e que
devem ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as
normas gerais da Palavra que sempre devem ser observadas.
[II Timóteo 3:15-17; Gálatas 1:8-9. João
6:45; I Coríntios 2:9-12. I Coríntios 11:13-14; I Coríntios 14:26,40].
AUTORIDADE DA ESCRITURA
INTRODUÇÃO:
Entramos agora na parte talvez mais complexa do
nosso estudo sobre a Escritura, a doutrina da sua autoridade. Como já pontuei
em nossas duas aulas anteriores, a Bíblia é a nossa regra de fé e prática, mas
não somente quando tratamos de assuntos religiosos, ou apenas quando estamos na
igreja ou realizamos um estudo teológico. Ela é a nossa regra, o norte, o
"mapa", como disse anteriormente, que nos levará ao conhecimento de
Deus e da sua vontade, sua obra e salvação; mas também ao nosso
autoconhecimento, tão necessário para que compreendamos a obra de regeneração e
transformação que Deus necessita operar no pecador para torná-lo a imagem do
nosso Senhor Jesus Cristo.
Dizer que a Bíblia trata apenas de regras, de
normas morais, como qualquer código de costumes, é fruto da maior ignorância, a
ignorância que indicará o desconhecimento do texto sagrado, e o pouco ou nenhum
envolvimento com ele.
Um dos lemas da Reforma Protestante é o "Sola Scriptura", mas
o que é isto?
Antes de explicar o significado do termo, vamos a um breve resumo de
como a Escritura era entendida, quero dizer, mal entendida pelos cristãos
pré-reforma protestante:
O CONCEITO DE BÍBLIA ANTES DA REFORMA:
Como já disse, durante séculos, a leitura da Bíblia foi proibida aos
cristãos. Apenas o clero católico podia fazê-lo, e interpretá-lo, de tal forma
que o leigo comum recebia o ensino que a igreja lhe dava, sem a menor chance de
confirmar se esse ensino era verdadeiramente bíblico ou não [creio que o
objetivo era o de não facilitar a "livre-interpretação", já que nos
primórdios da Igreja muitos se aventuraram à especulações e criaram uma rede de
heresias. Vide os nestorianos, arianos, pelagianos, unitarianos, etc. Contudo,
proibir-se o livre exame, a sua simples leitura, é um exagero sem precedentes
pelo qual muitos pagaram com suas próprias almas, visto permanecerem na
ignorância quanto à revelação especial e desconheciam a obra redentora do
Senhor Jesus].
TRADIÇÃO X TRADICIONALISMO:
Apegado ao tradicionalismo, a ICAR reconheceu que somente a igreja
estava apta a interpretar a Escritura, de forma que ninguém estava autorizado a
fazê-lo, sob a pena de ser considerado herege, ser excomungado, e morto [o que se
chamou de "Inquisição", na verdade era o tribunal eclesiástico que
julgava, inicialmente, os crimes contra a doutrina da igreja, praticado pelos
heréticos; mas que também passaram a valer para os discordantes, em
vários níveis, da autoridade clerical e papal, mesmo que não implicasse em
questões teológicas].
Esse tradicionalismo foi registrado na Escritura, o qual o Senhor Jesus
teve de enfrentar. A religião judaica, no período em que Deus silenciou-se com
o povo de Israel, durante o período chamado de Interbíblico ou
Intertestamentário [entre os últimos eventos do AT e os iniciais do NT; em que Deus não levantou
nenhum profeta pelo qual falasse ao seu povo], que durou aproximadamente 400
anos [O Velho Testamento termina com as palavras de Malaquias, o qual
profetizou entre 450 e 425 a.C.. Nesse tempo, a Palestina estava sob o domínio
do Império Persa, o qual se estendeu até o ano 331 a.C.], tornou-se
extremamente tradicionalista, levando-os a produzir uma infinidade de regras e
tradições complementares à Lei. Essas regras eram transmitidas oralmente, explicando o que as escrituras significavam e como
interpretá-las e como aplicar suas leis. Houve, na verdade, a
corrupção e a má-interpretação da Lei, de maneira que
se constituíram volumosos códigos moralistas na
sociedade judaica, verdadeiras distorções do ensino do A.T. Acontece que
elas se tornaram, em muitos aspectos, mais autoritativas do que a própria
Escritura. Veja bem, estamos discutindo aqui o tradicionalismo, não a tradição.
Há uma diferença entre os termos. A palavra tradição vem do latim traditione que
quer dizer o ato de se entregar ou transmitir algo. A Bíblia é a única forma
tradicional de se transmitir a palavra de Deus, a qual nos foi entregue pelo
próprio Deus. Então a Bíblia é uma tradição. Ela possui em seu corpo normas e
doutrinas invioláveis que não podem ser alteradas. Quando, por exemplo, ela
transmite a mensagem de que se deve amar a Deus acima de todas as coisas, e ao
próximo como a si mesmo [Mt 22.37-39], esta é uma tradição. Honrar pai
e mãe [Dt 20.12] é uma tradição que verdadeiramente
recebemos de Deus e, como porta-voz dele, devemos transmiti-las a todos os
homens. Não há erros nem equívocos nestas afirmações, que nos são entregues
para o nosso favor e dos nossos semelhantes, e que fazemos bem em segui-las. É
o que nos diz o apóstolo Paulo: "Então, irmãos, estai firmes e retende
as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola
nossa" [2Tes 2.15].
O tradicionalismo, mesmo tendo muitas semelhanças com a tradição, e
sendo originário dela, tem um componente que distinguem-nas: o fato de se
arraigar e se apegar a hábitos que parecem bons mas na verdade é a corrupção da
norma tradicional, e que em nada acrescentam à vida da pessoa, pelo contrário,
são-lhe nocivas. Quase sempre o tradicionalismo é uma deterioração da tradição.
É claro que estamos relacionando tanto um termo como outro dentro do universo
cristão, pois é ele que nos interessa. Há tradições em outras religiões que não
são expressões da verdade, nem dela originam. Fazemos um parâmetro entre a
revelação escriturística, a verdade, dada-nos como tradição, e a sua corrupção
ou deterioração por parte de grupos religiosos, descaracterizando-a como
verdade e como aquilo que Deus nos transmitiu.
A tradição bíblica tem também como componente a sua imutabilidade, o que
o tradicionalismo não tem. Este se distingue por estar sempre em contato com
mudanças e inovações adaptáveis às políticas, culturas, sociedades, indivíduos,
etc, sendo mutável em seu objetivo de alargar seus horizontes, de maneira que
um maior número de pessoas sejam circundadas por ele e sofram sua
influência.
Cristo combateu o tradicionalismo judaico, de maneira que, quando
acusado de não guardar as tradições dos anciãos, replicou-lhes: "por
que transgredis vós, também, os mandamentos de Deus pela vossa tradição?"
[Mt 15.3] ao não honrarem pai e mãe [Ex 20.12].
Há uma tradição que é verdadeira, e que devemos obedecê-la, honrar pai e
mãe, pois procede dos preceitos divinos. E há uma tradição humana que somente
tem o objetivo de escravizar e sujeitar o homem à tolice, a de lavar as mãos
antes de comer o pão [Mt 15.2]. Que até pode ter um fundamento
verdadeiro, mas o que está por trás dela é a autoexaltação e o domínio [poder]
de quem o estabelece.
TRADIÇÃO = TRADICIONALISMO?
Então alguém dirá: mas o tradicionalismo que você diz ser nocivo é a
mesma tradição que você diz ser benéfica. De certa forma os termos parecem
semelhantes, mas não são. Mas se alguém quiser usar o mesmo termo para definir
as duas coisas, fique à vontade. Em nada modificará o sentido que estou dando
aos termos e explicando-os. Senão, vejamos:
a) Há a tradição como verdade divina, expressamente entregue pela
Escritura, por exemplo, honrar pai e mãe;
b) Há a tradição como subversão da verdade entregue por Deus, uma
recriação humana, corrupta, imperfeita e insana, a deterioração da verdade,
onde se misturam elementos da verdade com falsos elementos formando um conjunto
inverídico e equivocado, ao qual o Senhor Jesus definiu como invalidar pela
tradição humana o mandamento de Deus [Mt 15.6]. O exemplo é dado no
próprio texto: os escribas e fariseus consideravam válido por sua tradição o
abandono dos pais, o não sustentá-los materialmente [descumprindo o mandamento
divino], desde que o dinheiro fosse revertido ao templo, ou seja, para o
benefício pessoal deles. Certamente, muitos filhos, mentirosos e desonestos nem
dispunham do sustento dos pais nem do sustento do templo, gastando-o
exclusivamente consigo mesmos, gananciosamente.
c) Há a tradição como mera formulação da mente caída, um embuste em si
mesmo, sem nenhum elemento verdadeiro. Por exemplo, a adoração aos santos.
Assim, pode-se ver que a é o que eu defini como
tradição; b e c é o que defini como
tradicionalismo.
A ICAR COMO FONTE DA AUTORIDADE ESCRITURÍSTICA:
A ICAR e outras religiões [muitas delas se dizendo cristãs] abandonaram
a verdade, a tradição bíblica, e se entregaram aos seus delírios e enganos,
abraçando o tradicionalismo através do qual o homem, não Deus, é aquele que
julga tudo e todas as coisas. A começar pela própria palavra de Deus. O que o
tradicionalismo fez e ainda faz é tornar o homem em autoridade máxima, numa
autoridade a qual o próprio Deus estaria sujeito; de forma que a Escritura tem
uma autoridade conferida pelo clero, os quais são os que determinam em e quais
sentidos a Palavra de Deus tem autoridade. Isso é usurpação, é tentar-se ter o
que não tem; é tirar de quem tem aquilo que não pode ser tirado; e receber
aquilo que não pode ser recebido. A Bíblia é autoritativa e cabe a Igreja, pelo
poder do Espírito Santo, reconhecer e receber os seus ensinamentos e conselhos
como a própria voz de Deus ao homem; Deus falando diretamente com o seu povo.
O "SOLA SCRIPTURA" DA REFORMA:
Lutero encontrou uma igreja entregue ao tradicionalismo religioso, de
maneira que coisas absurdas e impensadas eram tidas como verdadeiras,
proclamadas como verdadeiras, ensinadas como verdadeiras, e suas observâncias
exigidas como se verdade fossem, quando não passavam de completa patifaria. A
venda e compra de indulgências [absolvição ou perdão papal das almas ao
Inferno, mediante o pagamento de penitências, muitas delas em moeda-corrente],
o culto as relíquias [restos de vestes, objetos ou mesmo ossos dos apóstolos] e
a falsa ideia do purgatório, são algumas das práticas vigentes na ICAR as quais
Lutero combateu. Ele apelou para a tradição da Escritura, o que Deus entregou
ao homem como o seu santo, sábio e perfeito conselho, anulando a tradição ou
tradicionalismo humano, corrupto, venal e pecaminoso em vigor na igreja daquela
época. Por isso, Lutero afixou na porta da Capela de Wittemberg as 95 teses,
opondo-se às práticas religiosas mundanas e malignas sustentadas, naquela
época, por Roma. O Sola Scriptura, portanto, quer dizer, somente a Escritura,
de forma que temos o papa perdendo a sua "autoridade" religiosa, e
ela sendo transferida a quem de direito a detém, Deus e sua palavra.
Em todos os tempos, sempre houve homens que, agindo enganosa e
fraudulentamente, tentaram transferir para si mesmos ou suas organizações a
autoridade que jamais lhes pertenceu, mas que apenas a Escritura tem.
Movimentos de restauração das tradições judaicas, neopentecostalismo,
teologia da prosperidade, evangelho social, missão integral, etc, são
corrupções da verdade, de forma que nos encontramos quase que na mesma situação
de Lutero em 1517, ano em que levou a público suas 95 teses; precisamos de uma
nova reforma, que leve as igrejas à Escritura, como única fonte de fé, verdade
e de prática cristã.
A C.F.B. assevera que somente a Bíblia é autoridade, de forma que não há
nada superior a ela, além do próprio Deus, nela revelado. Como Deus é imutável,
assim também a sua palavra é imutável, de forma que a sua autoridade também é
imutável, e não pode ser transigida, cedida a outro, ainda que seja a Igreja.
Por isso ela diz que a autoridade escriturística não depende de nenhum homem ou
igreja, pois não emana de nenhum deles, mas tem de ser recebida como a Palavra
de Deus, pois procede do próprio Deus.
O QUE É AUTORIDADE?
Mas, o que é a autoridade da Escritura?
Com isso se quer dizer que a Bíblia é inerrante, verídica, exata em
todas as suas afirmações, "não contendo erro algum, histórico ou
doutrinário, o que as torna infalíveis, e, portanto, autoritativas quanto a
todos os assuntos sobre os quais faz asseverações... a única regra infalível de
fé e de prática" [1].
A FALSA AUTORIDADE DOS CRÍTICOS
Vejam bem, a autoridade da Bíblia é algo inegociável, que está muito
acima da nossa capacidade de julgamento, de forma que ela está isenta de
qualquer crítica, ou melhor, de qualquer possibilidade de crítica. Neste caso,
entramos num problema que vem se arrastando há séculos, desde que Marcião,
filho do bispo da região do Ponto, hoje Turquia, criou a doutrina que levou o
seu nome, o marcionismo, onde defendeu a falsa ideia de que havia dois deuses:
um no AT, Demiurgo, o deus da criação, e outro no NT, o Deus Pai; levando-o a
rejeitar todo o A.T. e a maior parte do NT, restando apenas parte do Evangelho
de Lucas e 10 cartas paulinas. Ele é o "pai" de todos os críticos
bíblicos modernos, tais como os liberais, os membros da alta crítica, os
teístas-relacionais, e outros tantos que se rebelaram contra a Escritura e se
colocaram acima dela, ao ponto de elaborarem críticas com base no pressuposto
de que ela não é infalível, inerrante e divinamente inspirada. E estes são
realmente os fundamentos de todos os críticos. Eles partem da falsa premissa da
não divindade da sua mensagem para avaliá-la como objeto de estudo, mas
sobretudo como objeto criticável, num verdadeiro trabalho de desconstrução da
sua mensagem e rejeição da sua autoridade. Eles se colocam em posição de
superioridade, considerando-se tal qual um cientista a examinar uma lâmina no
microscópio, na qual se acha um novo vírus. Tentam dissecá-la, revelar suas
falhas, incongruências, contradições, fazendo-se de crentes, mas trabalhando
tenazmente para a incredulidade. Na verdade, a única solução que apresentam
para os problemas que não existem é a si mesmos: são os inventores do “quadrado-redondo”,
e os únicos capazes de explicar a sua criação, ainda que ela não passe de
idealização impossível e somente possível em suas mentes doentes e
transtornadas, tamanho absurdo representam e querem representar.
O TESTEMUNHO DO ESPÍRITO SANTO
Por isso, é necessário que o homem seja regenerado e sua mente
controlada pelo Espírito Santo para persuadi-lo quanto à autoridade da Escritura,
de maneira que este entendimento é o resultado direto da ação do próprio Deus
na mente humana, iluminando-a, tirando-a das trevas, da cegueira, capacitando-a
a reconhecer espiritualmente o que é espiritual. Quando Marcião, Ário, Pelágio,
Schleiermacher, Ritschl, Bultmann e Tillich
fazem críticas e defendem absurdos como a não ressurreição de Cristo, pois não
há provas históricas que corroborem o relato bíblico[fica a pergunta: quais
provas seriam necessárias para comprovar o fato? Além dos muitos testemunhos e
relatos da Escritura? Uma foto? Um vídeo?]. Para eles, qualquer prova é
suficiente, desde que não seja o texto bíblico. Eles simplesmente clamam por um
testemunho genuíno quando estão diante dele mas não o admitem. Por que?
Falta-lhes o testemunho interno do Espírito Santo e sobra-lhes a loucura do
homem natural, que Paulo esclareceu: "Ora, o homem natural não compreende
as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" [1Co 2.14].
Falta-lhes o entendimento, e em sua presunção e arrogância, sobra-lhes a tolice
da incredulidade e da ignorância. Ao se considerarem superiores, demonstram-se
deficientes e impossibilitados de entender a Deus e sua revelação, pois não têm
a mente de Cristo; tornando suas conclusões em respostas baseadas na mais
completa ignorância, a qual querem evitar, mas acabam apenas confirmando-a.
CONCLUSÃO
A Bíblia é a santa e perfeita palavra de
Deus, e sua autoridade é intocável, pois procede de Deus, o seu autor. Logo,
não há a menor chance dela ser alvo de críticas, visto ser o perfeito conselho
de Deus para o homem.
NOTA:
[1] "Sola Scriptura", Paulo Anglada, Editora Os Puritanos, pg.61.
Nenhum comentário:
Postar um comentário